Tenho que persistir...
Eu os faço rir. Eu os ajudo. Eu lhes dou a minha vida.
Pra quê ? Me diz, me mostre o motivo !
Eu faço de tudo ! Tento ser uma boa pessoa, tento ajudar quem precisa, faço todos rirem e no fim, eles simplesmente me abandonam !
Ah, sim ! Todos preferem as pessoas que te darão popularidade, bens materiais e afins. Ninguém mais sente com o coração. Ninguém mais vê o valor de uma amizade. Quer dizer, vemos o valor da conta bancária desta amizade, isso, todos vêem.
Sinto saudade de dias passados em que o som de uma risada era tão belo e tão admirado quanto o cantar de um pássaro; dias em que dar as mãos era tão incrível e afável quanto o toque leve de um beija-flor em uma flor recém aberta; ainda mais, quando o sorriso de uma pessoa era tão transcendente e glorioso quanto o nascer do sol.
Dias assim parecem não voltar mais. Onde foi parar toda a beleza dos nossos atos ? Como nos tornamos tão cruéis ? Acho que a pergunta que deve reverberar por dentro de nós deveria ser essa: Por quê nos tornamos tão cruéis ? Por quê ?
Procuro motivos, procuro a resposta. Tento ser diferente, mas estão me corrompendo. Tento que continuar, tenho que persistir, mas estou perdendo as minhas forças. Eu estou mudando, pra pior.
Mais uma vez, me pego falando sozinha. Eu só espero que dessa vez, alguém me ouça. Pelo seu próprio bem, pelo meu próprio bem... Pelo nosso próprio bem.
Gabriela de Oliveira Rocha
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