sexta-feira, 11 de março de 2011

I don't need time. I need you !



Nada mudou

Eu não consigo mais.
Não consigo expressar o que sinto... Não consigo escrever o que sinto.
O meu vício não me salva mais.
Me expressar através de poemas e textos está sendo cada vez mais difícil.
A cada dia que passa eu só quero me trancar mais e mais.
Quero desistir.
A dor já não é mais o meu tormento. A saudade, a tristeza, a obscuridade das coisas já não me amedrontam mais. O preto e o cinza já são comuns. O silêncio é normal.
A luz, beleza e felicidade se tornaram patéticas e hipócritas. A vontade de continuar caminhando se perdeu em mim.
Os sonhos se apagaram.
Os sorrisos se perderam.
A luz apagou-se diante dos meus olhos.
Cada palavra que escrevo é uma lágrima que escorre.
Cada lembrança que tenho... É uma lágrima que escorre.
Tanto tenho pra dizer. Nada consigo falar.
Tanto tenho pra escrever. Meu lápis não sai do lugar.
Sinto tanto...
Não sei como tudo isso cabe dentro de mim.
Eu não sei como eu ainda não explodi.
Eu não sei como ainda estou aqui. Simplesmente não sei.
Os dias passam e tudo continua o mesmo, desde o dia em que você disse "acabou".
Onde está o tempo para mudar tudo ? Para apagar as lembranças e levar a dor pra bem longe ? Onde ?

Gabriela de Oliveira Rocha

terça-feira, 8 de março de 2011

...





No silêncio da noite...

É no silêncio da noite
que ouço o meu coração bater.
Por quem me faz amar
e hoje me faz sofrer.

É no silêncio da noite
que torno a chorar.
Por quem me ensinou a viver.
Por quem me ensinou a amar.

É no silêncio da noite
que me recordo de toda a dor.
Causada pelo fim
de um trágico amor.

No silêncio da noite
é quando mais preciso de você.

Gabriela de Oliveira Rocha

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Change for you, change for me... Change for us !



Tenho que persistir...

Eu os faço rir. Eu os ajudo. Eu lhes dou a minha vida.
Pra quê ? Me diz, me mostre o motivo !
Eu faço de tudo ! Tento ser uma boa pessoa, tento ajudar quem precisa, faço todos rirem e no fim, eles simplesmente me abandonam !
Ah, sim ! Todos preferem as pessoas que te darão popularidade, bens materiais e afins. Ninguém mais sente com o coração. Ninguém mais vê o valor de uma amizade. Quer dizer, vemos o valor da conta bancária desta amizade, isso, todos vêem.
Sinto saudade de dias passados em que o som de uma risada era tão belo e tão admirado quanto o cantar de um pássaro; dias em que dar as mãos era tão incrível e afável quanto o toque leve de um beija-flor em uma flor recém aberta; ainda mais, quando o sorriso de uma pessoa era tão transcendente e glorioso quanto o nascer do sol.
Dias assim parecem não voltar mais. Onde foi parar toda a beleza dos nossos atos ? Como nos tornamos tão cruéis ? Acho que a pergunta que deve reverberar por dentro de nós deveria ser essa: Por quê nos tornamos tão cruéis ? Por quê ?
Procuro motivos, procuro a resposta. Tento ser diferente, mas estão me corrompendo. Tento que continuar, tenho que persistir, mas estou perdendo as minhas forças. Eu estou mudando, pra pior.
Mais uma vez, me pego falando sozinha. Eu só espero que dessa vez, alguém me ouça. Pelo seu próprio bem, pelo meu próprio bem... Pelo nosso próprio bem.

Gabriela de Oliveira Rocha

Other and other sonnet...


Soneto VII - Meu alento

Tão incrivelmente bela,
a natureza segue o seu caminho.
Assisto o pleno voo da libélula,
enquanto ouço um passarinho.

O campo verde em flor...
Ó terra amada !
És tão imaculada !
Sem tristeza e sem dor !
Então, avisto um beija-flor.
Ligeiro e carinhoso,
trata as flores com amor.

Livre, como o vento
sem tristeza e sem dor,
vivo em meu alento.

Gabriela de Oliveira Rocha

domingo, 16 de janeiro de 2011

Please



Eu te suplico...

Eu decaí.
Meu mundo se partiu. Seus estilhaços cravaram em minha pele tão profundamente ! A dor, tão demasiada...
Cada vez mais sufocada... Eu não posso falar, não posso ! A dor vai crescendo dentro de mim, cada vez mais, me consumindo mais rapidamente, sempre e sempre.
Me afogo em lágrimas todas as noites. Tento me lembrar do teu sorriso, da som da sua risada, mas não adianta. Pra quê ter lembranças boas de ti, se jamais lhe terei como antes ! As lágrimas descem lentamente, uma a uma. Incansáveis, tentam abrandar a dor. Tentativa inútil, sem vitória.
E o nó que se forma em minha garganta começa a aumentar, junto com as iridescentes lágrimas. Cada vez mais a dor se enraíza em meu recôndito, me destruindo aos poucos, bem devagar ela me mutila.
Pouco a pouco, me torno o nada. Estou me sentindo vazia. Onde está a minha essência ? Cadê você, meu amor ?
Você era a minha parte boa. A minha parte ruim.
Era meu tudo. Meu nada.
Minha felicidade transcendente.
Meu amor ardente.
Eu simplesmente estou cansando, já não tenho mais palavras. Não tenho mais falas. Não tenho mais esperanças...
Meu amor se tornou o meu carrasco. Está me matando pouco a pouco e está sendo cada vez mais doloroso. Logo eu, que prometi a mim mesma jamais me iludir novamente com o amor. Logo eu, que prometi a mim mesma que jamais voltaria a amar, jamais !
Será que se eu arrancar este coração a dor vai passar ?
Será que se eu tentar... Será ?
Eu só quero que tudo termine. Só quero que as lágrimas parem de brotar de meus olhos. Só quero que meu coração pare de doer, só isso.
Por favor, eu suplico, termine com a dor.
Eu te suplico, faça a dor parar. Por favor...

Gabriela de Oliveira Rocha