sábado, 18 de dezembro de 2010

Eu deprecio... O Fim


O Fim

Sem motivos.
Sem sorrisos.
A felicidade fugiu de meu pobre e velho recôndito e me deixou aqui, novamente, com toda a tristeza e a dor de sempre.
Tantos eu te amo... será que foram todos em vão ? Não sei.
Os meus foram todos verdadeiros, a cada segundo, cada hora, dia, semana... Foi e sempre serão verdadeiros !
O amor eclodiu e no fim, desistimos dele, em um piscar de olhos. Tudo jogado fora por um erro tão banal !
E ela volta, sempre minha amiga, a dor cavalga ao meu lado. Sua frieza causa destruição em mim, e ela continua se alastrando pela minhas entranhas, até dominar por completo todo o ser detestável que eu sou. Ela me tomba, me derrota, tira meu sono e a minha paz... Isso me lembra algo, parece com o amor...
O amor me tornou um monstro, monstro irracional que não pensa no que vai fazer, no que vai dizer, mas que quer amar intensamente... que quer ser amada intensamente ! Decaí e nas profundezas da escuridão passei a habitar, me lançando intensamente mais afundo a cada segundo que passa, me perdendo nessa aura negra de dor, agonia, culpa, tristeza e ódio.
Tentei me salvar.
Tentativa sem vitória. Sujei o chão e tive que limpar... se eu pudesse limpar tais atos da mesma maneira que limpo este chão escarlate...
Você deixou marcas neste coração. Deixou memórias boas e, agora que desistiu de nós, me lançou novamente para o abismo negro, me lança de braços abertos para a dor.
Não levantarei mais, não ressurgirei deste abismo.
Eu deprecio o mar.
Eu deprecio a vida.

Gabriela de Oliveira Rocha

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